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Parlamentar cubano reage a proposta do Brasil e afirma que FMI é um 'cadáver'

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postado em 27/04/2009 16:02
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é um "cadáver" incapaz de salvar a economia mundial da crise, afirmou nesta segunda-feira (27/4) um alto dirigente do Parlamento de Cuba, dois dias depois de o Brasil ter pedido a incorporação da ilha ao organismo. Em um artigo publicado no jornal oficial Granma, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Parlamento, Osvaldo Martínez, classificou como uma "tentativa de ressuscitar um cadáver", o "papel central" que a Cúpula do G-20 de Londres deu ao FMI, classificado como "maior símbolo" da política neoliberal. "É a tentativa de ressuscitar um cadáver. Não é qualquer cadáver, e sim o pior deles. É insensato triplicar os recursos administrados pelo FMI e tornar esta desprestigiada instituição o centro executor de um suposto plano concertado entre os grandes da globalização para retirar a economia mundial da crise", ressaltou. O deputado destacou que o FMI, o Banco Mundial (Bird) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) não "foram capazes de prever a crise que era já iminente e evidente". Martínez não se refere em seu artigo ao pedido feito no final de semana pelo ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, para que Cuba seja admitida no Bird e no FMI, fazendo coro com as reivindicações da América Latina para que a ilha seja reincorporada ao sistema interamericano. "Nada mudou em essência no FMI, mais conhecido por seus erros grosseiros de política e por sua ideologia reacionária", destacou o parlamentar. Cuba saiu do FMI em 1964 por considerar que o organismo é uma ferramenta do capitalismo dos Estados Unidos, principal acionista do fundo.

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