postado em 28/04/2009 15:53
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse que seus inimigos políticos aproveitam o escândalo de sua suposta paternidade de três crianças para caluniá-lo, numa verdadeira conspiração para derrubá-lo, oito meses após o início de seu mandato.
Lugo classificou de "mentira", em uma entrevista coletiva à imprensa, uma acusação de cumplicidade no sequestro de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas, assassinada em 2005 por seus capangas.
"Não permaneceremos de braços cruzados. Jamais permitiremos que milhões de paraguaios que optaram pela mudança sejam vítimas desses estrategistas da conspiração", afirmou o chefe de Estado.
O presidente se referiu ao depoimento de um agricultor divulgado por um meio de comunicação local que atribuiu a ele a participação na transferência de Cecilia Cubas para um acampamento camponês quando ainda estava mantida como refem.
"Lamentavelmente é atribuído algum nível de relevância a um depoimento que não tem outro fim a não ser a difamação", disse Lugo, classificando seu acusador de "testemunha alugada".
Ainda nesta terça-feira, o mandatário conquistou uma vitória na justiça.
Viviana Carrillo, de 26 anos, mãe de Guillermo Armindo de 2 anos, filho reconhecido pelo presidente Fernando Lugo, saiu em defesa do chefe de Estado em um depoimento à Promotoria, durante o qual negou ter sido vítima de estupro.
Ouvida pela promotora Nancy Salomón, a mulher assegurou que conheceu o mandatário quando tinha 16 anos, mas que teve "relações íntimas" com ele aos 23.
Viviana Carrillo se apresentou na companhia do advogado presidencial, Marcos Fariña, para responder a uma denúncia apresentada pela senadora da oposição Lilian Samaniego, presidente do Partido Colorado, que solicitou a abertura de uma investigação contra o presidente Fernando Lugo por estupro.
Carrillo negou, com isso, o conteúdo de sua primeira denúncia apresentada na Semana Santa por dois advogados, quando confessou que iniciou suas relações com Lugo aos 16 anos, quando este era bispo católico de San Pedro, no departamento de mesmo nome, o mais pobre do país.