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Bento XVI fará 1ª visita ao Oriente Médio

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postado em 03/05/2009 09:13
Com o objetivo de "rezar pela paz no Oriente Médio e pela humanidade", o papa Bento XVI inicia na próxima sexta-feira (07/05) uma visita de uma semana à Jordânia, Israel e territórios palestinos. Será a primeira viagem de um papa a um país árabe e à Terra Santa desde 2000, quando João Paulo II esteve lá. A peregrinação será também a primeira de Bento XVI aos locais sagrados do cristianismo desde que se tornou papa há cinco anos. O giro pelo Oriente Médio começa na Jordânia, onde a agenda de três dias foi celebrada como sinal de prestígio pela comunidade de 220 mil cristãos jordanianos - ou 4% da população de 5,5 milhões de habitantes. No país árabe, Bento XVI encontrará o rei Abdullah II e a rainha Rania e conhecerá no Rio Jordão o local de batismo de Cristo. Ele repetirá o roteiro de João Paulo II: visitar o Monte Nebo - onde se acredita que Moisés contemplou a Terra Prometida - e celebrar uma missa no Estádio Internacional de Amã. Um dos momentos mais importantes promete ser a visita à Mesquita de al-Hussein, em Amã, a maior da Jordânia, onde se reunirá com líderes muçulmanos e acadêmicos religiosos. É a segunda vez que o pontífice irá a um local de adoração muçulmano: em 2006, rezou na Mesquita Azul da Turquia No dia 11, Bento XVI segue para Israel e territórios palestinos, onde visitará Belém, local do nascimento de Jesus; Nazaré, onde Cristo passou a maior parte de sua vida; e Jerusalém, local de sua crucificação e ressurreição. O aspecto político da visita do papa à região também estará evidente, especialmente por causa da ofensiva de 22 dias lançada por Israel na Faixa de Gaza entre dezembro e janeiro. Nos quatro dias de sua visita, Bento XVI reúne-se com os presidentes palestino, Mahmoud Abbas, e israelense, Shimon Peres e com o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu. Empossado em março, o governo do novo premiê israelense rejeita a criação do Estado palestino. A viagem a Israel também permitirá a renovação dos laços do rabinato judaico com o Vaticano. As relações foram rompidas em janeiro, quando o pontífice decidiu suspender a excomunhão do bispo Richard Williamson, que nega a extensão do Holocausto e a existência de câmaras de gás.

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