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Hospitais particulares do DF pedem ajuda

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postado em 06/05/2009 08:40
Representantes de hospitais particulares do Distrito Federal estão preocupados com um possível avanço de casos suspeitos da gripe A H1N1 em Brasília. As unidades particulares não contam com estrutura para coleta de amostras destinadas à detecção da doença, nem leitos para internação. Até ontem, não haviam recebido orientações com relação ao procedimento no caso de serem procurados por pessoas com sintomas. Enquanto a Secretaria de Saúde começa hoje um curso para capacitar profissionais da rede pública, representantes do Hospital Regional da Asa Norte admitem que atendimento na capital está longe do ideal. A última suspeita de ter a gripe suína no DF ainda internada recebeu alta. Um dos critérios para a detecção de casos suspeitos do influenza A é que a pessoa tenha passado por um dos países onde há casos confirmados. Na visão do pneumologista Roberto Valente, dos hospitais de Base (HB) e do Anchieta, em Taguatinga, essa condição faz dos hospitais particulares a porta de entrada para a doença na cidade. ;São pessoas que viajaram para o exterior. E que, de acordo com o perfil social, devem procurar primeiro a rede particular de saúde;, observou ele durante o fórum de debate sobre a doença, realizado pela Secretaria de Saúde na tarde de ontem. No evento, ocorrido no auditório da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), dezenas de médicos da rede privada expressaram seus anseios. A ordem para o atendimento preventivo da gripe no DF é: todo paciente suspeito ou para monitoramento deve ser encaminhado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), único cadastrado pelo Ministério da Saúde como referência na cidade. ;Isso dificulta o atendimento nas unidades particulares. Essa falta de orientação prejudica o serviço para os nossos pacientes;, afirmou a infectologista Maria de Lourdes Ferreira, do HB e do Hospital Brasília. Uma assessora de Disney Antezana, subsecretária de Vigilância à Saúde, explicou que mudanças no atendimento só podem ser feitas com aval do ministério. A limitação causou protestos durante o evento. ;Nós temos de ter autonomia para tomar atitudes, pois só nós sabemos o que é conviver com essa ameaça no dia a dia sem o devido preparo;, comentou um servidor da secretaria que preferiu não se identificar. O gerente de terapia do Hran, Gilson Bonomi, admitiu que a situação não é favorável em Brasília. ;Temos apenas dois leitos. O ideal seriam entre 25 e 30;, afirmou Bonomi. O início do curso de capacitação de profissionais da rede pública de saúde para coleta de secreções nasais ou sangue de pessoas suspeitas ou em monitoramento deve amenizar a preocupação em Brasília. Ao todo, 35 profissionais serão formados a partir de hoje na primeira turma oferecida pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). De acordo com o diretor do Lacen, Francisco de Almeida, a orientação deve ser estendida para profissionais da rede particular. ;A medida vai desafogar o Hran;, ressaltou. Melhora A menina de um ano e sete meses internada no Hran com sintomas de influenza A (H1N1) ; tosse, falta de ar e febre súbita de mais de 38º ; recebeu alta na tarde de ontem. Segundo informações do hospital, a criança, que fez escala em Brasília com a mãe, durante viagem entre a Espanha e Rondônia, teve melhoras significativas, o que permitiu a liberação. Agora, assim como outros dois casos suspeitos, de homens de 18 e 46 anos, ela ficará em observação domiciliar por 10 dias. ;Encaminhamos as três amostras para São Paulo na segunda-feira. Os resultados devem chegar até sexta-feira;, contou o diretor do Lacen. O Distrito Federal ainda conta com outros dois casos em monitoramento, ou seja, que vieram de áreas de alerta, mas ainda não apresentaram sintomas da gripe.

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