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Brasil afirma que não deve haver exceções na OEA, em referência a Cuba

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O Brasil deseja que todos os países do continente, "sem exceção", integrem a OEA, disse nesta quarta-feira o representante brasileiro no organismo regional, Ruy de Lima, em referência a Cuba, que foi excluída em 1962. "Esta organização soube se renovar, acompanhando desta forma a evolução histórica do nosso continente, e nos tempos atuais estão sendo impulsionadas uma nova realidade e novas esperanças", disse Ruy de Lima durante sua primeira participação no Conselho Permanente da OEA, em Washington. O diplomata disse esperar que "em um futuro não distante" todos os países do continente, "sem exceção", possam se sentar na Organização dos Estados Americanos (OEA). Brasília tem manifestado seu desejo de que Cuba volte à OEA, possibilidade que pode ser analisada na próxima Assembléia Geral do organismo, prevista para San Pedro Sula, Honduras, de 2 a 3 de junho. Havana já disse que não deseja regressar à OEA, apesar da movimentação de muitos países latino-americanos neste sentido. "Devemos trabalhar juntos, e a OEA é o espaço político do diálogo e da cooperação natural de todos os países do continente para se enfrentar de forma coordenada e sinérgica os grandes desafios", destacou Ruy de Lima.