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Governo autoriza fabricação de vacina contra gripe suína

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postado em 07/05/2009 08:44
O governo brasileiro autorizou ontem previamente a fabricação, distribuição e comercialização no País de uma vacina contra a gripe suína. A medida deverá reduzir em pelo menos um ano o prazo para a eventual disponibilização do produto, que está em fase inicial de pesquisa no mundo. No entanto, o Ministério da Saúde informou ter decidido que, no momento, dará prioridade à importação de imunizantes produzidos por multinacionais. A pasta não vai investir agora na fabricação de uma vacina nacional pela Fundação Butantã, pois defende que ela priorize a produção da vacina contra a gripe comum, que está atrasada. A fundação, ligada ao governo estadual de São Paulo, é o único laboratório público que tem uma fábrica de vacina contra a influenza sazonal no País, investimento de R$ 54 milhões do Estado e União, mas ela ainda não está produzindo por causa de atrasos nos cronogramas das obras. O objetivo era que, com a planta, o País tivesse alcançado a autossuficiência destas vacinas em 2008. A doença gera 500 mil mortes anuais no mundo. O secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Reinaldo Guimarães, destacou que ainda é controversa a fabricação da nova vacina e que podem ocorrer problemas. ;Nós entendemos que isto pode demorar. O Butantã recebeu recursos muito importantes para produzir a vacina sazonal, e ele está atrasado, então a posição é que ele tem de continuar o processo. Com relação à vacina de gripe suína, o ministério vai comprar de produtores que oferecerem, se ela aparecer;, disse Guimarães. ;Quando o Butantã tiver isto com velocidade de cruzeiro, vamos examinar. Ele é uma instituição de primeiríssima qualidade. No Brasil, o que se fizer em influenza, é do Butantã;, completou. Segundo a resolução da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a autorização prévia para a nova vacina só vale para detentores de registro de vacinas contra o vírus da gripe no Brasil, que tenham fábricas do produto e para produção a partir da cepa do novo vírus fornecida pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, a agência deverá ser comunicada após o recebimento da cepa. Ontem a agência liberou, para laboratórios do Rio e São Paulo, os primeiros kits de diagnóstico da nova doença, que deverão elucidar casos suspeitos. Os resultados devem sair em 72 horas, a partir do início das análises.

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