postado em 07/05/2009 13:38
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer US$ 100 milhões do orçamento para fechar a prisão da baía de Guantánamo, em Cuba, depois de os democratas da Câmara terem recusado um pedido semelhante num projeto de lei para os gastos com as guerras no Afeganistão e no Iraque para o restante de 2009. O presidente havia incluído um pedido de US$ 80 milhões para o fechamento da prisão num projeto de US$ 83,4 bilhões para os gastos de guerra apresentado ao Congresso no mês passado. O valor revisado de US$ 100 milhões foi incluído no orçamento de US$ 3,6 trilhões de Obama para o ano fiscal de 2010.
O pedido é pequeno se comparado ao custo total das guerras ou do orçamento de US$ 3,6 trilhões. Ainda assim, o pedido inicial provocou uma forte reação de legisladores que não aceitam a ideia de levar detentos de Guantánamo para o território norte-americano. O presidente do Comitê de Apropriações, David Obey, divulgou, na semana passada, sua versão do projeto de lei para fundos de guerra, do qual não faz parte os recursos para o fechamento de Guantánamo. Obey disse estar relutante em estabelecer a verba até que o presidente detalhe suas propostas sobre o que fazer com os prisioneiros do local.
O Senado não divulgou detalhes de seu projeto de lei para fundos de guerra, embora não se espere que vá incluir dinheiro para Guantánamo. No início desta semana, o líder da maioria democrata, senador Harry Reid, disse que também prefere saber dos detalhes da política do presidente antes de apoiar a liberação de fundos para o fechamento da prisão.
Em janeiro, Obama prometeu fechar a prisão no prazo de um ano, alterando uma das políticas mais impopulares do ex-presidente George W. Bush. O anúncio recebeu grande aprovação nos Estados Unidos e em todo o mundo. Mas os aplausos cessaram quando o problema passou a ser o que fazer com as pessoas que estão em Guantánamo. O pedido para a liberação de fundos para o ano fiscal de 2010 não deve resultar em tantas críticas porque dará ao presidente cerca de seis meses para esclarecer qual será sua política para os detentos.