postado em 11/05/2009 08:33
O Papa Bento XVI desembarcou nesta segunda-feira (11/05) em Israel, como parte de sua primeira viagem à Terra Santa, e já na chegada deu o tom da visita: defendeu a paz entre israelenses e palestinos e condenou o antissemitismo.
O Sumo Pontífice desembarcou às 11h (5h de Brasília) no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, procedente da Jordânia. Após a visita, Bento XVI vai seguir para Jerusalém, etapa mais complexa de sua viagem, depois da polêmica provocada pelo perdão concedido a um bispo que nega o holocausto.
A viagem também acontece depois da controversa ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro, que matou 1.300 palestinos e foi severamente criticada pelo pontífice.
Bento XVI condenou o que chamou de "repugnante antissemitismo", considerado inaceitável no discurso que fez ainda no aeroporto. "Infelizmente o antissemitismo continua levantando sua repugnante cabeça em muitas partes do mundo, isto é totalmente inaceitável", afirmou o Papa diante das autoridades israelenses, incluindo o presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "Devemos concentrar esforços para combater o antissemitismo em qualquer lugar que se encontre", completou.
O Papa defendeu ainda a paz entre israelenses e palestinos. "A esperança de muitos homens, mulheres e crianças por um futuro mais seguro e mais estável depende do êxito de negociações de paz entre entre israelenses e palestinos", declarou.
Depois de passar pela Jordânia, Bento XVI visita Israel por cinco dias, em uma viagem que também o levará ao território palestino da Cisjordânia. Durante a visita, o pontífice alemão, de 82 anos, cumprirá uma agenda apertada.
Ele aproveitará a visita a Belém para conhecer o campo de refugiados de Aida, onde falará diretamente ao povo palestino, uma decisão que incomoda as autoridades israelenses. E será o primeiro Papa a visitar a Cúpula da Rocha de Jerusalém, terceiro local sagrado para os muçulmanos.
Antes de deixar a Jordânia, ao fim de uma visita de quatro dias, Bento XVI defendeu a tolerância religiosa entre cristãos e muçulmanos.