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Gripe suína: crianças do México retornam às aulas

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postado em 11/05/2009 16:04
Milhões de crianças, muitas delas com máscaras cirúrgicas, retornaram hoje a salas de aulas limpas e desinfetadas, após um fechamento nacional para impedir a disseminação da Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. As escolas de ensino médio e universidades mexicanas reabriram na quinta-feira. Porém, pelo menos sete dos 31 Estados do país adiaram a reabertura das escolas para os pequenos por causa de suspeitas de casos da enfermidade em algumas regiões. Hoje, subiu para 61 o número de mortes atribuídas à gripe suína no mundo - 56 no México, três nos Estados Unidos, uma no Canadá e uma na Costa Rica. Alguns pais mexicanos estavam com medo de enviar seus filhos à escola. "Imagine essa doença, e se ela pegá-la?", questionou Filomena Pena Carriles, na porta da escola de ensino fundamental Ignacio L. Vallarta, na Cidade do México. A filha dela, Esmeralda, de 8 anos, estava de máscara esperando os professores que checariam se cada um dos 135 estudantes tinha algum sintoma de gripe. Negócios, restaurantes e bares gradualmente reabriram ao longo da última semana. Atualmente é menos comum ver pessoas usando máscaras cirúrgicas no México. No entanto, as perdas para o turismo e a produção são fortes. A ministra de Relações Exteriores mexicana, Patricia Espinosa, disse ao jornal espanhol ABC que a doença pode custar ao país 1% de seu Produto Interno Bruto (PIB). A última morte confirmada pelo México ocorreu há uma semana, em 4 de maio, ainda que muitas outras estejam sob análise. "Nós podemos estar agora em uma fase de declínio, rumo à extinção da epidemia, mas isso não implica um relaxamento total nas medidas de segurança", disse o ministro de Saúde, José Angel Córdova. Estudo Um novo estudo, divulgado hoje, conclui que o fato de o vírus ter capacidade para se espalhar rapidamente justifica o alerta para uma pandemia global da Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade registrou aproximadamente 4.800 casos em 30 países. Já os pesquisadores que assinam o estudo da publicação científica Science estimam que haja entre 6 mil e 32 mil casos somente no México. A China continental confirmou hoje seu primeiro caso de Influenza A (H1N1). Trata-se de um estudante da Universidade do Missouri, nos EUA, que voltou para sua terra natal. Com isso, mais de 200 passageiros que o acompanharam até a China estão em quarentena. O estudo estima que entre 0,4% e 1,4% dos casos da nova gripe sejam fatais e que cada pessoa infectada transmita a doença para uma média de entre 1,4 e 1,6 pessoa. No entanto, os dados permanecem incompletos, segundo o principal autor da pesquisa, Neil Ferguson, do Imperial College, de Londres. "É muito difícil quantificar o impacto à saúde humana nesse estágio", afirmou.

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