postado em 14/05/2009 20:09
O escândalo dos políticos britânicos que utilizaram fundos públicos para pagar contas pessoais fez suas duas primeiras vítimas. O conservador Andrew Mackay, que atuava como um dos principais conselheiros de David Cameron, pediu demissão, e o ex-ministro da Agricultura e presidente da Comissão de Energia e Clima do Parlamento, Elliot Morley, foi suspenso pelo Partido Trabalhista. Até agora, mais de 20 parlamentares e ministros prometeram reembolsar o Estado pelos milhares de dólares que usaram para pagar despesas consideradas "desnecessárias".
Mackay pediu demissão do cargo depois que uma revisão de seus gastos revelou uma "situação inaceitável", afirmou um porta-voz da oposição. O primeiro-ministro da Grã-Bretanha afirmou que "os mais altos padrões têm de ser mantidos na vida pública", ao comunicar o afastamento de Morley, que usou pouco mais de US$ 24 mil de verba pública para pagar, segundo ele, uma hipoteca. Mas a dívida já havia sido quitada. Ele continuará no Parlamento, mas deve perder alguns dos privilégios com uma investigação pendente. O ex-ministro disse que reembolsou os cofres públicos e pediu desculpas pelo erro.
Gordon Brown, e seu adversário conservador, David Cameron, estão sob grande pressão para limpar a imagem do Parlamento após as revelações feitas pelo jornal "The Daily Telegraph", que publicou detalhes sobre as despesas de parlamentares desde 2004. Entre as denúncias, estão as de que políticos usaram o auxílio-moradia para reformar a própria casa e pagar prestações de imóveis. A divulgação dos gastos enfureceu a população e ameaça afetar os resultados das eleições locais previstas para o próximo mês.