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ONG pede mudanças para evitar mortes de civis afegãos

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postado em 15/05/2009 13:23
CABUL - A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) acusou o Exército dos Estados Unidos de não fazer o suficiente para reduzir as mortes de civis durante as batalhas no Afeganistão. Nesta sexta-feira (15/5), o grupo pediu "mudanças fundamentais" para evitar a morte de civis como as ocorridas durante um ataque aéreo neste mês. O HRW, sediado em Nova York, informou que sua investigação independente sobre os ataques de 4 e 5 de maio, que mataram uma grande quantidade de pessoas - dentre elas muitas mulheres e crianças - descobriu que as medidas tomadas pelos militares norte-americanos para proteger os civis foram "inadequadas". Os afegãos culpam os ataques aéreos norte-americanos pelas mortes e pela destruição de duas vilas na província de Farah, oeste do país. Funcionários norte-americanos dizem que o Talibã manteve os moradores como reféns durante os confrontos. Não há dados exatos sobre quantas pessoas morreram no distrito de Bala Baluk. O governo pagou indenizações para famílias pelas mortes de 140 pessoas, tendo com base uma lista feita pelos moradores. Militares norte-americanos dizem que os números foram exagerados, mas não deu sua própria estimativa. Se os dados afegãos estiverem corretos, esse terá sido o maior caso de mortes de civis desde a invasão de 2001 liderada pelos Estados Unidos para derrubar o Talibã. Os moradores disseram ao HRW que o primeiro ataque foi realizado por combatentes do Talibã, que exigiam uma parte do dinheiro da venda de papoula. Eles afirmaram, porém, que foi durante o bombardeio que a maior parte dos civis morreu. O grupo reiterou sua condenação às práticas do Talibã de usar civis como escudos humanos e desembarcar seus combatentes em áreas povoadas, mas disse que as entrevistas com moradores não sugerem que eles fora usados como escudos humanos em Bala Baluk.

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