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Astronautas fazem reparo no telescópio Hubble em órbita

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postado em 16/05/2009 14:47
Astronautas norte-americanos deram ao telescópio espacial Hubble uma visão melhor do universo após instalarem um novo instrumento de alta tecnologia neste sábado (17/5). Depois disso, começaram seu mais complicado trabalho até agora: consertar uma câmera quebrada. A Nasa considera a tarefa feita hoje, e outra programada para amanhã, as mais delicadas e difíceis já tentadas em órbita, já que nenhuma ferramenta foi desenhada para ser manipulada em órbita por astronautas usando luvas rígidas. Essa foi a terceira caminhada espacial em muitos dias para a tripulação que viaja no ônibus espacial Atlantis. A tarefa deverá ser a mais desafiadora já desempenhada pelos astronautas. John Grunsfeld e Andrew Feustel cumpriram rapidamente sua primeira missão, instalando o espectrógrafo Cosmic Origins, de US$ 88 milhões, no Hubble. Em seguida eles consertaram a câmera queimada do telescópio. A tarefa foi cumprida a 563 quilômetros de altitude e, a essa distância, os astronautas são colocados sob risco de serem atingidos por sujeira cósmica. "Isso é realmente bastante histórico", disse Grunsfeld durante a tarefa. O Hubble foi lançado em 1990 com um espelho defeituoso, que deixou o telescópio com visão distorcida, mas os novos instrumentos corrigiram as lentes. O espectrógrafo, por sua vez, deverá dar uma visão melhor sobre como os planetas, estrelas e galáxias se formam. A Nasa pretende manter o Hubble em operação por mais cinco ou dez anos. Ninguém vai voltar ao telescópio, portanto todos da Nasa, incluindo os sete astronautas do Atlantis, querem fazer a maior quantidade de reparos possível. Até agora, o Hubble já recebeu uma câmera planetária melhorada, baterias e giroscópios novos e uma unidade de dados científicos para substituir a que quebrou no ano passado. Se tudo der certo, a quinta e última caminhada espacial será feita na segunda-feira e o telescópio será solto do Atlantis na terça. A nova missão do Hubble custa mais de US$ 1 bilhão.

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