postado em 16/05/2009 16:20
O mundo não deve se descuidar das medidas de alerta já empregadas para conter o avanço da gripe A, na esperança de que a aguardada vacina contra o vírus causador da doença vá resolver o problema a curto ou médio prazo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mesmo sendo uma prioridade, a vacina, que continua em fase de pesquisa, não deverá ser produzida em quantidade suficiente dentro de pouco tempo.
;É preferível continuar com a atual dinâmica de alerta, de ir em cima dos casos suspeitos, mesmo que ainda não confirmado por laboratórios. Bloquear (a transmissão da doença) com todas as medidas farmacológicas, tratar com os medicamentos adequados, isolar os pacientes e acompanhar as pessoas com quem eles tenham tido contato;, afirmou o gerente da Unidade de Prevenção e Controle de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Rubén Figueroa.
De acordo com Figueroa, durante reunião realizada quinta-feira (14/05) na Suíça, especialistas convocados pela OMS concluíram que ainda não há conhecimento científicosuficiente para que os laboratórios dêem início à produção da vacina.
;Esta é uma prioridade e a OMS vai continuar empenhando esforços para que tenhamos a vacina rapidamente, mas, neste momento, e provavelmente nos próximos 12 ou 18 meses, não podemos ter a expectativa de que a vacina será a solução. E mesmo que a vacina fique pronta dentro de cinco meses, demorará mais tempo para que a tenhamos em quantidade suficiente para conter a epidemia;, afirmou Figueroa.
O diretor diz que o grupo reunido na Suíça concluiu que seriam necessárias de 1 bilhão a 2 bilhões de doses da vacina para proteger entre 10% e 20% da população mundial. ;Será impossível produzir isso no espaço de um ano;.
Na segunda-feira (18), terá início em Genebra, na Suíça, a 62ª Assembléia Mundial da Saúde, instância maior da OMS, quando se reúnem os ministros da Saúde dos 210 países-membros da organização.
;É ali que são estabelecidas as políticas para que o secretariado da organização realize. É uma reunião muito importante e, sem dúvida, devido à urgência, o assunto da gripe A vai dominar a agenda de trabalho. Assuntos de acesso à vacina, produção de medicamentos e da aplicação do regulamento sanitário internacional serão abordados;.