postado em 18/05/2009 13:51
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) anunciaram nesta segunda-feira (18/5) que concluíram mapeamento das primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1). As sequências foram depositadas na última sexta-feira no banco de informações genéticas do National Center for Biotechnology Information (NCBI), baseado no National Institute of Health (NIH), nos Estados Unidos, banco que armazena sequências de quase todos os organismos conhecidos.
Ao mapear a sequência genética, haverá a possibilidade de comparar os vírus detectados no Brasil com os vírus de outros países. De acordo com o Fiocruz, em análise preliminar, pode-se concluir que não existe variação entre o vírus encontrado aqui com os outros casos do mundo.
A informação sobre o mapa genético também animou pesquisadores porque a inexistência de variação no vírus comprova que o A (H1N1) não evoluiu. Portanto, a possibilidade de acompanhar a evolução e desenvolver protocolos para diagnóstico ainda está aberta.
No Brasil, os pesquisadores decidiram sequenciar o gene da Proteína M, matriz do vírus. Como o genoma do vírus influenza é segmentado ; não é formado por uma seqüência única de RNA, mas por oito segmentos ;, foi escolhido o gene da proteína M, uma das mais importantes na estrutura viral.
De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde com o anúncio do mapeamento, a Proteína M foi a opção por ser a mais abundante nos oito segmentos do H1N1. Desta forma, será usada como marcador para detectar a presença do vírus nos procedimentos de diagnóstico.