postado em 19/05/2009 16:22
O governo do presidente americano Barack Obama ainda pretende fechar a prisão de Guantánamo até janeiro de 2010, apesar da relutância do Congresso, garantiu nesta terça-feira o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell.
"Pelo que sei, tudo está encaminhado para fechar o centro de detenção de Guantánamo dentro do prazo estipulado por decreto pelo presidente", declarou Morrell durante uma entrevista coletiva.
"Nada indica que o prazo não será respeitado", insistiu.
Dois dias depois de chegar à Casa Branca, Obama ordenou o fechamento da prisão de Guantánamo antes de janeiro de 2010.
Ele também pediu que fossem reexaminados os casos dos cerca de 240 suspeitos de terrorismo que continuam presos nesta base naval americana em Cuba.
Uma força-tarefa dirigida pelo ministério da Justiça busca determinar os que podem ser devolvidos a seus países respectivos ou transferidos para outros países. Criada no dia 20 de fevereiro, esta força-tarefa já identificou 30 prisioneiros que podem ser libertados.
O caso dos prisioneiros que não pertencem a estas categorias estão sendo analisados por outro grupo de trabalho, encarregado de determinar se eles devem ser julgados por tribunais federais, cortes marciais, ou pelos tribunais militares de exceção, instaurados pelo governo de George W. Bush e que Obama decidiu manter com melhorias nos direitos da defesa.
O governo está avaliando a possibilidade de transferir alguns detentos de Guantánamo para o território americano. No entanto, vários membros do Congresso radicalmente hostis à ideia de receber estes prisioneiros em suas circunscrições pediram o adiamento do fechamento de Guantánamo.
Geoff Morrell também garantiu que o governo americano não transferirá prisioneiros de Guantánamo para o centro de detenção militar de Bagram, no Afeganistão.