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Gripe suína: mais de 10.000 casos e 80 mortes

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postado em 20/05/2009 08:16
GENEBRA - Um total de 10.243 pessoas foram contaminadas pela gripe suína e 80 morreram desde o surgimento do novo vírus gripal no fim de abril, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS). "A maioria dos novos casos (413 desde terça-feira) foi registrada nos Estados Unidos e Japão", afirmou Fadela Chaib, porta-voz da OMS. Taiwan se tornou o 42º país afetado com o anúncio de um primeiro caso nesta quarta-feira. O Japão, que pode se tornar o segundo foco autônomo da doença - depois da América do Norte - já tem 210 casos, 51 deles diagnosticados nas últimas 24 horas. As autoridades japonesas anunciaram, no entanto, 250 casos no arquipélago, incluindo o primeiro em Tóquio, metrópole com 38 milhões de habitantes, um estudante de 16 anos que viajou recentemente a Nova York. A OMS realiza suas próprias verificações sobre os casos informados pelas autoridades nacionais e por isto seus números costumam ser menores que os divulgados pelos países. O vírus A(H1N1) de origem suína também contaminou 346 novos pacientes nos Estados Unidos, onde foram diagnosticados formalmente 5.469 casos, com seis mortes, em 47 estados, além da capital Washington. Exames determinaram que um bebê de 16 meses que morreu no início da semana em Nova York por uma forte febre e dificuldades respiratórias não havia contraído o vírus A (H1N1). No México, epicentro da epidemia, as autoridades de saúde anunciaram 100 novos casos em 24 horas, elevando a mais de 3.660 o total de infectados, com quatro novas mortes, o que aumenta o número de vítimas fatais no país a 76. Os especialistas da OMS acompanham com grande atenção a situação no Japão, onde o surgimento de um foco de contaminação autônomo justificaria a declaração de pandemia mundial e o aumento do nível de alerta ao máximo (seis, quando atualmente permanece na fase cinco da escala). Porém, muitos países, incluindo o próprio Japão, pediram à diretora da OMS, Margaret Chan, que reflita bastante antes de declarar o estado de pandemia. Chan afirmou que leva em consideração todas as opiniões e manteve o nível de alerta 5, que considera uma pandemia "iminente". A escala de alerta pandêmico foi elaborada pensando no vírus da gripe aviária, o H5N1, muito mais virulento, com uma taxa de mortalidade de até 60%, lembrou a diretora da OMS. O novo vírus A(H1N1), para o qual ainda não existe vacina, pode sofrer uma mutação e se tornar muito mais perigoso, principalmente se entrar em contato com o H5N1 aviário.

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