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Falta de diagnóstico de gripe suína em países pobres preocupa OMS

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postado em 21/05/2009 13:17
GENEBRA - A Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou nesta quinta-feira (21/5), por meio de um de seus especialistas, sua preocupação com a falta de meios para diagnosticar os casos de gripe suína, assim como de gripe comum, da maioria dos países em desenvolvimento. "O que nos preocupa é que a maioria dos países em desenvolvimento não estabeleceu um sistema que possa indicar se o vírus da gripe suína A (H1N1) está presente", declarou à imprensa Ties Boerma, diretor do serviço de estatísticas de saúde da OMS. "Na maioria dos países não há um sistema eficaz de informação sobre as causas das mortes", lamentou Boerma, ao apresentar o relatório estatístico anual da OMS sobre a evolução de 18 doenças infecciosas que contém uma lista de casos registrados de gripe aviária H5N1. O especialista indicou, por exemplo, que os países pobres não têm meios para recolher informações sobre os casos de meningite, raiva ou outros tipos de gripe. "Há, portanto, um enorme buraco negro. Trabalhamos com nossos sócios para reduzi-lo, mas ainda resta muito a ser feito", afirmou. No entanto, o relatório da OMS revela que a gripe aviária, assim como a malária ou a encefalite japonesa, são difíceis de diagnosticar de forma segura se não forem realizadas análises de laboratório às quais os países pobres dificilmente têm acesso. O México, por exemplo, teve que recorrer a laboratórios canadenses para identificar o vírus da gripe A (H1N1). "Temos as estatísticas mexicanas sobre a gripe, mas, na realidade, a maioria dos casos de gripe suína foram classificados como pneumonias", considerou o especialista da OMS. Desde que o novo vírus gripal surgiu no México, os especialistas da organização temem que se alastre para o hemisfério sul, onde estão muitos dos países em desenvolvimento. A maioria das formas gripais causa mais mortes entre as populações mais frágeis, que são as dos países pobres.

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