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Grupos de defesa da vida tentam acabar com a pena capital nos EUA

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postado em 24/05/2009 08:10
Grupos contrários à pena de morte nos Estados Unidos tentam fazer com que mais estados desistam desse tipo de punição. Nos últimos dois anos, Nova Jersey e Novo México se tornaram os primeiros a abolir as execuções desde que a Suprema Corte concedeu novamente às unidades da federação o direito de condenar prisioneiros à morte, em 1976. O Senado e a Câmara dos Deputados de Connecticut também votaram pelo fim da pena capital nos últimos dias, mas a governadora Jodi Rell já avisou que vetará o projeto de lei. Casos de presos que passaram anos ; até décadas ; esperando a injeção letal ou a cadeira elétrica e acabaram inocentados motivam algumas organizações a intensificar a luta por uma reforma nas legislações penais. Troy Davis foi condenado à morte pelo assassinato do agente policial Mark Allen MacPhail em 1991. Quase 20 anos depois, Davis continua no corredor da morte, apesar de não haver provas materiais contra ele. As armas usadas no crime nunca foram encontradas. Todo o processo foi baseado no depoimento de uma testemunha, que, durante o julgamento, se contradisse algumas vezes. Essa é apenas uma das mais de três mil histórias de presos condenados à execução que, segundo Peter Neufeld, do Projeto Inocência, ;não tiveram uma defesa adequada;. Somente neste ano, 57 prisioneiros foram mandados ao corredor da morte nos Estados Unidos, dentre eles três mulheres. De janeiro até o fim de abril, 25 pessoas já haviam sido executadas, todas com injeção letal. Nos últimos quatro anos, o número de pessoas executadas nos EUA caiu de 59 para 37. Rob Freer, do secretariado da organização não governamental Anistia Internacional, explicou ao Correio que o que mais impede a proibição das execuções no país é o apoio da população a essa penalidade. ;Tentamos trabalhar com a opinião pública também, mas é um processo longo, porque as punições refletem a vontade da população. Se ela não quisesse, escolheria políticos que também são contra isso. É um aspecto da democracia;, explica, resignado. Freer, no entanto, comemora o fato de Nova Jersey e Novo México terem proibido as execuções recentemente. Os outros 13 estados norte-americanos onde esse tipo de sentença não é mais permitida são: Alasca, Havaí, Iowa, Maine, Massachusetts, Michigan, Minnesota, Nova York, Dakota do Norte, Rhode Island, Vermont, Virgínia Ocidental, Wisconsin e o Distrito de Colúmbia. Nos outros 35 estados há a pena de morte, geralmente por injeção letal. Em alguns estados, como a Flórida, pode-se optar pelo enforcamento. Em outros, como o Missouri, há ainda a escolha pela câmara de gás. Sheila Berry, da ONG Verdade na Justiça, diz que não acredita que a punição capital para crimes graves intimide os bandidos. ;Será que o indivíduo para e diz: ;Ei, eu posso chegar à pena de morte se eu fizer isso;? Eu acho que não;, argumenta.

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