postado em 26/05/2009 21:39
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conclamou nesta terça-feira a junta militar de Mianmar a libertar de maneira "imediata e incondicional" a líder democrata da oposição.
"Conclamo o governo birmanês a liberar a secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia e prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi de sua detenção, de maneira imediata e incondicional", disse Obama em comunicado.
"Condeno energicamente sua prisão domiciliar e sua detenção, as quais também foram questionadas em todo o mundo. A contínua detenção, o isolamento e o julgamento montado com base em acusações espúrias fazem levantar sérias dúvidas sobre a vontade do regime birmanês de ser un membro responsável da comunidade internacional", acrescentou.
Aung San Suu Kyi está sendo julgada desde 18 de maio na penitenciária Insein, norte de Yangun, e pode ser condenada a cinco anos de prisão.
O regime militar a acusa de ter violado as restrições da prisão domiciliar por ter recebido em casa, no início de maio, um americano.
Mais cedo, a líder opositora birmanesa negou em um tribunal ter violado essas regras.
"Não o fiz", respondeu Suu Kyi, 63 anos, ao ser questionada por um juiz na audiência desta terça-feira.
A junta militar birmanesa a acusa de ter violado as condições da detenção ao receber em casa, em 4 de maio, durante dois dias, o americano John Yettaw, um veterano de guerra, que chegou à residência de Suu Kyi a nado.
Dos últimos 19 anos, a Prêmio Nobel da Paz passou 13 detida, a maior parte do tempo em sua casa às margens do Inya de Yangun.
Aung San Suu Kyi é filha do general Aung San, herói da independência birmanesa assassinado em 1947.