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Especialistas discutem nos EUA tratamentos mais personalizados para o câncer

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postado em 29/05/2009 17:54
Especialistas norte-americanos em câncer se reúnem neste final de semana em Orlando (Flórida, sudeste dos EUA) para discutir novos avanços na busca de tratamentos cada vez mais personalizados contra a doença, inclusive em nível molecular. "Temos um tema na reunião deste ano: tratamento do câncer personalizado, desde o uso de análises moleculares à escolha dos tratamentos mais apropriados para pacientes", disse Richard Schilsky, presidente da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, sigla em inglês), que organiza a reunião anual. Resultados de doze estudos clínicos serão divulgados na reunião que começa nesta sexta-feira e continua até 2 de junho. Espera-se que cerca de 30.000 pessoas participem. Cerca de 13% das mortes no mundo são causadas pelos diversos tipos de câncer. "Acredito que está claro para todos nós, que tratamos de pacientes com câncer, que a Oncologia já não é parcial, que tudo é Medicina", disse Schilsky, ressaltando os grandes avanços registrados na escolha dos melhores tratamentos individualizados para pacientes. "Somos cada vez mais capazes de elaborar tratamentos individuais", como por exemplo, para a biologia particular de um tumor, "fazendo coincidir o tratamento correto com o paciente correto no tempo correto, para que os pacientes evitem os custos desnecessários e os efeitos secundários de uma terapia que não os ajudará", disse Schilsky, ressaltando que este é o futuro da Oncologia. No domingo serão apresentados resultados na pesquisa sobre os cânceres de mama e de ovário, assim como os planos de tratamento personalizado, enquanto que na segunda-feira os especialistas discutirão os grandes passos dados no tratamento do câncer. Entre os testes clínicos que serão divulgados estão os resultados de Fase 2 do Nexavar, criado pela alemã Bayer, para o tratamento do câncer de pulmão avançado. Também são aguardados com interesse os resultados do Avastin, um tratamento para o câncer de mama desenvolvido pela empresa norte-americana Genentech, comprada pela suíça Roche.

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