postado em 31/05/2009 10:36
O governo do Sri Lanka voltou a recusar neste domingo (31/5) os pedidos de uma investigação por violação dos direitos humanos, após as acusações de que milhares de civis morreram na ofensiva final do Exército contra os separatistas tâmeis.
O ministro cingalês da Comunicação, Yapa Abeywardena, afirmou que as organizações que pedem uma investigação têm "outros motivos" e rejeitou as solicitações de uma investigação independente da fase final da guerra contra os rebeldes dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE).
"Os que apresentam diversos balanços de vítimas civiles e pedem estas investigações devem ter outros motivos", declarou Abaywardena.
O ministro afirmou que o governo de Colombo está avaliano o número de vítimas civis, mas não divulgou dados.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) pediu uma investigação independente do número de civis mortos na ofensiva militar que esmagou os Tigres Tâmeis e pediu que ONU divulgue um cálculo própio de vítimas civis.
O diretor da ONG para Ásia e Pacífico, San Zarifi, acusou as duas partes beligerantes de cometer crimes de guerra.
O jornal britânico The Times informou na sexta-feira, com base em fontes da ONU que pediram anonimato, que mais de 20.000 não combatentes morreram nos bombardeios do Exército cingalês em maio.
Colombo negou a informação e conseguiu evitar durante a semana uma moção de censura dos países ocidentais no Conselho de Direios Humanos da ONU.