postado em 01/06/2009 08:16
Cientistas liderados pelo espanhol Juan Carlos Izpisúa Belmonte ; do Laboratório de Expressão Genética do Salk Institute (sediado em La Jolla, Califórnia) ; conseguiram uma façanha capaz de curar doenças e servir de parâmetro para a medicina terapêutica com células-tronco. Eles usaram células da pele de pacientes com a rara anemia de Fanconi, doença marcada pela perda de células-tronco hematopoiéticas (que renovam as células do sangue). ;Mostramos ser possível corrigir a enfermidade usando a terapia de genes no contexto da reprogramação induzida e obter células livres de doenças;, disse Belmonte ao Correio, por e-mail.
Depois de corrigirem os defeitos das células-tronco, os especialistas as reprogramaram, de forma que elas adquirissem a pluripotência (capacidade de se diferenciar em qualquer tecido). ;Nós obtivemos seis linhagens de células-tronco. A importância do estudo está no fato de que, em princípio, a técnica pode ser usada para curar doenças em que haja perda ou alteração de algum tipo específico de célula.;
Otimismo à parte, os cientistas sustentam que algumas questões têm de ser vencidas. ;Será preciso resolver preocupações em relação a protocolos sobre geração e diferenciação de células-tronco pluripotenciais induzidas. Além do risco de câncer, precisamos testar a eficácia em cobaias animais, antes de testes clínicos;, afirmou. O estudo foi publicado na revista Nature.