postado em 02/06/2009 16:59
Honduras aumentou a pressão sobre os Estados Unidos hoje, quando solicitou que a Organização dos Estados Americanos (OEA) retire imediatamente a suspensão a Cuba, que já dura 47 anos. "Meus amigos, chegou a hora de corrigir esse erro", disse o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, anfitrião da assembleia geral que tem como participante a secretária de Estado do governo americano, Hillary Clinton, e seus congêneres de 33 países. "Se nós tivermos que deixar este recinto sem tornar nula a decisão de 1962, seremos cúmplices de uma mentalidade do passado", disse Zelaya no encontro anual dos chanceleres dos países da OEA, reunidos em San Pedro Sula.
Zelaya disse que a suspensão de Cuba em 1962 "puniu um povo inteiro por ter proclamado ideias e princípios socialistas que hoje são praticados no mundo inteiro". O chamado de Zelaya ocorreu após a abertura oficial do encontro, no qual os EUA se encontraram mais isolados na organização, mesmo após o presidente americano Barack Obama ter rompido com as políticas do seu antecessor George W. Bush e ter começado a melhorar as relações com Cuba.
Hillary Clinton defende as demandas feitas a Havana pela administração Obama, que vincula a volta de Cuba à organização com a libertação dos presos políticos e melhora nos direitos civis básicos. Além de Honduras, Venezuela, Bolívia e Nicarágua defendem uma volta de Cuba à OEA sem condições. Todos definem a exclusão de Cuba como um "erro histórico" que aconteceu no auge da Guerra Fria, em 1962. As informações são da Dow Jones.