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Fidel Castro continua esnobando a OEA

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postado em 04/06/2009 08:20
Horas antes de os chanceleres do continente decidirem revogar a resolução que excluiu Cuba por 47 anos da Organização dos Estados Americanos (OEA), o ex-presidente cubano Fidel Castro reiterava mais uma vez, em artigo no jornal Granma, que a ilha não tem interesse nenhum em reingressar na instituição. Fidel comparou a OEA a um cavalo de Troia ; título da ;reflexão; publicada ontem. ;É ingênuo crer que as boas intenções de um presidente dos Estados Unidos justifiquem a existência dessa instituição que abriu as portas ao cavalo de Troia, que apoiou a Cúpula das Américas, o neoliberalismo, o narcotráfico, as bases militares e as crises econômicas;, diz o texto. Fidel também acusou a OEA de ser ;cúmplice; dos EUA contra Cuba e a América Latina, e frisou uma vez mais que considera sua existência injustificável. ;A OEA foi cúmplice de todos os crimes cometidos contra Cuba. Num momento ou em outro, a totalidade dos países da América Latina foi vítima das intervenções e agressões políticas e econômicas. Não há ninguém que possa negá-lo;, escreveu. Aos 82 anos, o líder cubano aplaudiu no artigo a ;rebeldia; da América Latina, elogiou a ;proeza; e a ;dura batalha; de países como Venezuela, Equador, Nicarágua e Honduras ao negociar que não houvesse precondições impostas à ilha para anular a resolução da OEA. ;Nunca se viu tanta rebeldia. A batalha é, sem dúvida, dura. Tê-la travado é, por si só, uma proeza dos mais rebeldes;, destacou Fidel. Mesmo com as negativas de Havana, os 35 países-membros da OEA aprovaram uma resolução na cidade hondurenha de San Pedro Sula que nem serve de ;reparação plena; a Cuba, como queria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem prevê a entrada imediata do país caribenho na organização. ;A participação de Cuba na OEA será resultado de um diálogo iniciado pelo governo de Cuba e de conformidade com as práticas, os propósitos e princípios da OEA;, condiciona o segundo artigo do texto aprovado.

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