postado em 04/06/2009 13:08
HAVANA - O governo cubano proclamou nesta quinta-feira (4/6) "uma grande vitória" após a decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) de retirar a exclusão que manteve contra a Ilha por 47 anos.
;É uma grande vitória para a América Latina e para o Caribe e também para o povo de Cuba", declarou Ricardo Alarcón, presidente do Parlamento cubano, à imprensa na primeira reação oficial de Havana.
A imprensa cubana, sob controle estatal, já havia destacado nesta quinta-feira como uma "vitória histórica" a decisão da OEA de pôr fim à exclusão de Cuba, mas lembrou a rejeição do governo de retornar a essa instituição. "Fidel e o povo cubano foram absolvidos pela história", foi a manchete do jornal oficial Granma, ao citar o presidente hondurenho, Manuel Zelaya.
O Juventud Rebelde, outro periódico de circulação nacional, destacou: "Revogada por consenso a exclusão de Cuba". Foi "um ato de dignidade e de justiça histórica que simboliza um triunfo da América Latina e do Caribe e um reconhecimento da resistência do povo cubano", acrescentou, citando os representantes da Venezuela na assembleia.
Em sua Assembleia Geral em Honduras, a OEA anulou na quarta-feira por consenso a resolução que em 1962 excluiu Cuba por seu regime marxista-leninista, e, com isso, abriu caminho para seu reingresso.
O líder cubano Fidel Castro, distanciado do poder há três anos, devido a problemas de saúde, dedicou várias de suas colunas na imprensa ao tema da OEA, a última delas publicada na quarta-feira na qual chamou a organização de "cavalo de Tróia" e cúmplice dos Estados Unidos.