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Obama encontra Sarkozy antes dos eventos do Dia D

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postado em 06/06/2009 13:15
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sugeriu neste sábado (06/06), em Paris, uma nova e mais forte resposta aos testes nuclear e com míssil da Coreia do Norte, ao mesmo tempo em que afirmou que prefere continuar buscando uma solução pela via diplomática, a menos que o país comunista se recuse a aceitar os pedidos para que coloque um fim ao seu programa nuclear. Classificando o recente teste nuclear e os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte como provocativos, Obama elevou o tom de seus alertas após um encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, antes de os líderes participarem de eventos associados ao Dia D, data em que 175 mil soldados desembarcaram nas praias da Normandia para libertar a França da ocupação nazistas. "A diplomacia tem que envolver o engajamento do outro lado de uma maneira séria e nós não estamos vendo essa reação da Coreia do Norte", afirmou Obama, que prometeu um olhar mais duro sobre os próximos passos. "Não acredito que se deve presumir que continuaremos, simplesmente, no caminho pelo qual a Coreia do Norte está constantemente desestabilizando a região e que agiremos da mesma forma. Obama e Sarkozy também mostraram sintonia fina nos discursos sobre as tentativas para se conter as ambições nucleares do Irã e quanto à busca da paz nos conflitos entre a Palestina e Israel. "Nós queremos paz. Queremos diálogo. Queremos ajudá-los a se desenvolverem. Mas não queremos a proliferação das armas nucleares militares e estamos sendo claros em relação a isso", disse Sarkozy Sarkozy manifestou sua preocupação com as "declarações insanas" do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Obama, por sua vez, reafirmou que deve haver uma "diplomacia dura" com Teerã, além de salientar que as ações iranianas apontam no sentido contrário à insistência de seus líderes de que o país não estaria em busca de aparelhamento nuclear O presidente americano declarou que gostaria de ver esforços mais intensos entre os EUA e a Rússia para limitar o desenvolvimento de armas nucleares e disse que seu empenho contra a proliferação nuclear e seus esforços para que o mesmo se repita em outros países deveriam sinalizar aos líderes iranianos que não há uma distinção quanto a essa postura Em relação a outros assuntos, Sarkozy também endossou o pedido de Obama para que Israel pare de construir assentamentos na Cisjordânia e declarou que seu país vai se responsabilizar por alguns presos atualmente mantidos na prisão de Guantánamo, em Cuba, atendendo a um pedido do governo norte-americano. Obama agradeceu ao apoio e disse que Sarkozy vai trabalhar em "estreita colaboração sobre vários assuntos", inclusive em estratégias antiterroristas

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