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Obama e Sarkozy advertem Teerã sobre armas nucleares

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postado em 07/06/2009 09:27
As comemorações pelo 65; aniversário do desembarque aliado na Normandia francesa, episódio decisivo para o desfecho da 2; Guerra Mundial, que ficou conhecido como o Dia D, serviu de ocasião para o anfitrião Nicolas Sarkozy e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmarem a convergência de posições sobre temas centrais. Em especial, os dois governantes reiteraram sua preocupação com o programa nuclear iraniano e os ;sinais contraditórios; do regime islâmico, que ora acena com abertura para negociar, ora rejeita as propostas da comunidade internacional para certificar-se de que o país não está desenvolvendo a bomba atômica. O mesmo recado foi enviado à Coreia do Norte, que acaba de testar uma arma nuclear e prepara o disparo experimental de um míssil balístico de longa distância, segundo a inteligência militar norte-americana.

;Nós queremos paz, queremos o diálogo, queremos ajudá-los a se desenvolverem, mas não queremos a proliferação das armas nucleares e estamos sendo claros a respeito disso;, disse Sarkozy ao fim do encontro que manteve com o visitante, em Caen, antes de os dois se dirigirem para o local das cerimônias pelo Dia D. Obama, de sua parte, defendeu a adoção de uma ;diplomacia dura; com o governo de Teerã ; uma maneira de reafirmar, no entanto, sua oposição a qualquer tipo de ação militar contra as instalações nucleares iranianas, a despeito das pressões de Israel por um prazo limite para a solução negociada.

O tom foi semelhante em relação ao regime comunista de Pyongyang, condenado por desacatar uma resolução explícita do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra seus programas armamentistas. ;A diplomacia exige engajamento sério de ambos os lados, e não é o que estamos vendo da parte da Coreia do Norte;, disse Obama. ;Não se deve presumir que continuaremos simplesmente no caminho pelo qual eles estão constantemente desestabilizando a região;, advertiu.

Heroísmo
Mais tarde, discursando no cemitério militar americano de Colleville-sur-Mer, na Normandia, onde estão sepultados 9.387 soldados mortos nos combates iniciados em 6 de junho de 1944, Obama exaltou a ;bravura; das forças americanas, britânicas e canadenses que ;mudaram o curso do século 20;. Com a ousada operação de desembarque, os aliados abriram no Ocidente uma segunda frente de contra-ataque à Alemanha nazista, já àquela altura em retirada no Leste Europeu diante do avanço do Exército Vermelho (da hoje extinta União Soviética). ;Homens que se achavam comuns encontraram dentro deles a força para realizar o extraordinário.;

O presidente norte-americano, a primeira-dama, Michelle, e as duas filhas do casal retornaram a Paris para festejar hoje o oitavo aniversário da caçula, Sasha ; Malia, a mais velha, tem 10 anos. Barack Obama retornará no mesmo dia a Washington, mas as três continuam na França até amanhã.

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