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ONU denuncia 'atrocidades diárias' na Somália

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postado em 09/06/2009 10:59
GENEBRA - A crise humanitária na Somália está ficando cada vez pior e "graves atrocidades são perpetradas quase diariamente no país africano", denunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) nesta terça-feira (9/6). William Spindler, porta-voz do Acnur em Genebra, na Suíça, disse que cerca de 200 pessoas, civis em sua maioria, teriam morrido no decorrer dos últimos 30 dias na Somália. Ele também afirmou que civis estão sendo bombardeados e que estupros e sequestros ocorrem de maneira generalizada no país. A entidade calcula que 117 mil pessoas tenham fugido da violência em Mogadiscio, capital da Somália, desde o dia 8 de maio. Agências humanitárias como o Acnur estão encontrando dificuldades para lidar com as necessidades cada vez maiores da população, especialmente por causa da proximidade com as zonas de combates. Insurgentes tentam derrubar o governo apoiado pelo Ocidente e instaurar um regime islâmico na Somália. O país não tem governo central desde 1991, quando senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e depois se voltaram uns contra os outros. A partir de 2004, governos provisórios apoiados pela Organização das Nações Unidas (ONU) passaram a ser formados, mas todos eles, inclusive o atual, encontram extrema dificuldade para impor autoridade.

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