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28 jornalistas mortos desde o início de 2009, segundo o IPI

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postado em 09/06/2009 19:15
Pelo menos 28 jornalistas foram mortos em todo o mundo desde o início deste ano, denunciou nesta terça-feira o Instituto Internacional da Imprensa (IPI, sigla em inglês) durante uma assembleia geral em Helsinque. O IPI fez um apelo a todos os governos para que "justiça seja feita para todos esses jornalistas assassinados", principalmente nos territórios palestinos, na Somália, no Sri Lanka, na Rússia e no Paquistão. "Os jornalistas são deliberadamente atacados por causa de sua profissão", e muitos outros morrem no exercício de suas funções, quando estão cobrindo conflitos, lamentou o IPI. O Instituto, que realizava desde domingo na Finlândia sua 58ª assembleia geral, encerrou os trabalhos nesta terça-feira com uma série de resoluções para defender a liberdade da imprensa em todo o mundo. O IPI conclamou o governo de Pyongyang a libertar "imediatamente" as duas jornalistas americanas condenadas a 12 anos de trabalhos forçados na Coreia do Norte. O Instituto também denunciou a deterioração da liberdade da imprensa na Venezuela e a "perseguição" do governo de Hugo Chávez à rede de TV Globovision. O organismo pediu novamente justiça às autoridades australianas e indonésias depois do assassinato, em 1975 no Timor Leste, de seis jornalistas procedentes da Austrália. O IPI também pediu aos governos da União Europeia e ao Parlamento Europeu que anulasse as leis penais sobre a difamação, que "só servem para proteger os políticos das críticas". Para o Instituto, "estas leis arcaicas não têm espaço nas democracias". Os participantes da assembleia geral ainda conclamaram vários governos africanos a respeitar o direito dos jornalistas de se organizarem livremente. Eles pediram às autoridades de Botsuana, Quênia, África do Sul, Suazilândia e Zâmbia que reconheçam "a importância do papel da imprensa independente nas democracias". Fundado em 1950 e com sede em Viena, o IPI reúne profissionais da imprensa de 120 países.

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