postado em 09/06/2009 19:38
Um livro recém-lançado no Chile revela um romance oculto entre o homem mais poderoso do Chile, na época, o ditador Augusto Pinochet, e uma equatoriana. O caso durou 40 anos, segundo os autores - os jornalistas chilenos Claudia Farfán e Fernando Vega, que apresentaram nesta terça-feira a correspondentes estrangeiros seu trabalho de pesquisa intitulado "La Familia. Historia privada de los Pinochet".
Os dois repórteres reconstroem episódios como a discreta visita feita por Piedad Noé ao Chile em 1983, quando o major de Exército que ela havia conhecido nos anos 50 em Quito já se tornava o líder de uma das ditaduras mais ferozes da América Latina.
Havia mais de 20 anos que deixara o Equador mas ainda mantinha contacto com Piedad, a quem conheceu divorciada e mãe de três filhos. Pinochet regressou ao Chile em 1959 junto com a família, depois de ter passado três anos em Quito.
"Piedad foi um dos grandes amores de sua vida. Por ela, quase abandonou a família", conta Claudia Farfán, assegurando que "o casamento esteve a ponto de acabar quando a esposa, Lucía Hiriart, soube da história".
Com Lucía, Pinochet teve cinco filhos - Lucía, Augusto, Verónica, Marco Antonio e Jaqueline.
Mas, para Pinochet, a carreira militar esteve sempre em primeiro lugar e o romance foi mantido através de cartas e viagens ocasionais. Piedad morreu em 1990.