postado em 11/06/2009 16:20
Apesar do anúncio de uma pandemia de gripe suína, divulgado pela Organização Mundial de Saúde na manhã desta quinta-feira (11/6), a OMS recomenda que não seja adotada nenhuma medida restritiva em relação a viagens, disse o diretor de Vigilância Epidemióloca do Ministério da Saúde (MS), Eduardo Hage. Em entrevista coletiva realizada hoje no ministério, Hage esclareceu que a elevação do alerta da fase 5 para 6 (nível máximo) se deve à disseminação da influenza A (N1H1) na Austrália.
Segundo o diretor, o contágio de pessoa para pessoa, como ocorreu no México, EUA, Canadá, Chile e, mais recentemente, na Austrália, não acontece em nosso país. "No Brasil há a transmissão autóctone limitada, que tem vínculo com casos importados, mas não houve nenhuma transmissão de forma secundária", explicou.
As medidas de contenção adotadas até o momento são consideradas suficientes pelo diretor, que, no entanto, não descartas o risco de transmissão autóctone. "Nessa fase de pandemia, nenhum país pode dizer que está livre. No entanto, a força dessa disseminação pode ser contida", disse Hage. Além dos 52 casos de gripe suína confirmados até o momento, o Ministério da Saúde monitora 55 casos suspeitos. A vigilância segue reforçada em aeroportos, portos e fronteiras.
Com a chegada do inverno, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, o Ministério da Saúde também veiculará uma campanha na televisão onde o biomédico Roberto Figueiredo, o Dr. Bactéria, dará dicas para se prevenir da doença. Entre elas estão:
- Não tossir diretamente nas pessoas ou nas mãos
- Lavar bem as mãos com água e sabão
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal