postado em 14/06/2009 12:23
JERUSALÉM - O primeiro encontro no sábado em Beirute entre o chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, e um deputado do Hezbollah deixou Israel "perplexo", afirmou neste domingo uma autoridade israelense.
"O encontro nos deixou perplexos, pois esperávamos que Solana aproveitasse a ocasião para exigir o desarmamento do Hezbollah e o fim do contrabando de armas entre a Síria e o Hezbollah", afirmou à AFP o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Ygal Palmor.
"As autoridades europeias, no que diz respeito as suas relações com o Hezbollah, deveriam se lembrar do voto do Parlamento europeu de março de 2005 que havia pedido ao Conselho Europeu (representado pelos chefes de Estado dos países da UE) que adotasse todas as medidas necessárias para pôr fim às atividades terroristas do Hezbollah", acrescentou o porta-voz. Ao contrário da UE, Israel e Estados Unidos consideram o Hezbollah uma organização terrorista.
Solana se reuniu no sábado no Parlamento libanês com o deputado Husein Hajj Hasan do Hezbollah, movimento que não conseguiu vencer as eleições legislativas libanesas de 7 de junho. O partido do Hezbollah conseguiu 11 assentos no Parlamento, de um total de 128.
"As listas de organizações terroristas não são as mesmas em todos os países", havia declarado Solana. "O Hezbollah faz parte da sociedade libanesa. Tem representação no Parlamento e terá responsabilidades", ressaltou o diplomata.
Hajj Hasan havia declarado que a reunião era a expressão de "um nível de abertura maior por parte da UE em relação ao Hezbollah".