postado em 15/06/2009 12:39
BAGDÁ - O principal comandante das tropas dos Estados Unidos no Iraque, general Ray Odierno, disse nesta segunda-feira (15/6) que segue "absolutamente comprometido" com a retirada de todas as tropas de combate de áreas urbanas iraquianas até o fim do mês. O prazo consta de um acordo de segurança entre os Estados Unidos e o Iraque. Odierno disse que um número limitado de conselheiros e treinadores permanecerá nas cidades para trabalhar com as forças de segurança iraquianas. Ele deixou sem responder a questão sobre quantas tropas dos EUA permaneceriam e onde elas se localizariam.
"Não vamos entrar em números específicos, mas é um número muito pequeno", disse Odierno em um comunicado conjunto com funcionários iraquianos. Segundo o general, a retirada inclui a cidade de Mossul, no norte do país, onde os insurgentes ainda representam uma ameaça. Meses atrás, ele disse que Mossul poderia ser uma das cidades onde as tropas de combate ainda permaneceriam. Odierno disse que a violência e a tensão em Mossul estão em queda. "Eu me sinto muito mais confortável com a situação em Mossul agora", afirmou.
De acordo com o pacto, as tropas de combate norte-americanas devem se retirar até 30 de junho - e todas as forças do país devem deixar o território iraquiano até o fim de 2011. O presidente Barack Obama disse que todas as tropas de combate deixarão o Iraque até 31 de agosto de 2010, deixando até 50 mil homens para treinamento e aconselhamento. A retirada das cidades será um grande teste para o Exército e a polícia iraquianos, que não conseguiram brecar um onda de violência sectária entre xiitas e sunitas em 2006. A crise levou ao aumento das tropas dos EUA em 2007, considerado crucial para a queda na violência. Os incidentes violentos são mais raros no Iraque, ainda que sigam ocorrendo. Odierno afirmou que o declínio é fruto da melhoria da vigilância ao longo das fronteiras e de esforços de países vizinhos, incluindo a Síria, para impedir o tráfico ilegal, de armas e drogas, por exemplo.