postado em 18/06/2009 11:02
MOGADISCIO - Pelo menos 20 pessoas morreram nesta quinta-feira (18/6) quando um militante cometeu um atentado suicida em um hotel no oeste da Somália. Entre os mortos, está o ministro de Segurança Nacional, Omar Hashi, anunciou o ministro da Informação, Farhan Ali Mohamud. Ele não forneceu mais detalhes. O presidente somali, xeque Sharif Sheik Ahmed, acusou a rede extremista Al-Qaeda de estar por trás do atentado.
Mohamed Nur, uma testemunha do ataque, disse que o militante que cometeu o atentado suicida se aproximou de um hotel na cidade de Belet Weyne com o carro e explodiu depois de ser lançado contra outros veículos. O presidente somali disse que um alto diplomata do país também morreu no episódio. "Foi um ato de terrorismo. A Al-Qaeda está nos atacando", declarou Sheik Ahmed.
Nos últimos anos, especialistas têm manifestado temores de que militantes islâmicos de diversas nacionalidades estejam usando a Somália como base para suas ações na região. A violência entre rebeldes islâmicos e forças do governo da Somália recrudesceu ao longo do último mês, especialmente na capital do país, provocando a morte de cerca de 200 pessoas.
Os insurgentes tentam derrubar o governo apoiado pelo Ocidente e instaurar um regime islâmico na Somália. O país não tem governo central desde 1991, quando senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e depois se voltaram uns contra os outros. A partir de 2004, governos provisórios apoiados pela Organização das Nações Unidas (ONU) passaram a ser formados, mas todos eles, inclusive o atual, encontram dificuldade para impor autoridade. O controle do atual governo se estende pouco além dos portões do palácio presidencial.