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Atentado na Espanha matou diretor que combatia ETA

postado em 19/06/2009 11:32
MADRI - Um carro explodiu nesta sexta-feira (19/6) perto da cidade basca de Bilbao, na Espanha, e matou Eduardo Antonio Puelles García, um diretor da polícia encarregado da luta contra o grupo separatista Pátria Basca e Liberdade, conhecido como ETA. O chefe de governo basco, Patxi López, condenou o atentado e afirmou que o ETA foi o responsável. "Eles (ETA) nos ensinaram o caminho da dor. Nós vamos ensinar a eles o caminho da prisão", afirmou López, em comunicado. "Vou lançar um aviso claro ao ETA: vamos acabar com eles." O conselheiro basco de Interior, Rodolfo Ares, explicou que o atentado ocorreu em um estacionamento de automóveis no município de Arrigorriaga, bem próximo de Bilbao. A bomba foi colocada embaixo do veículo em que viajava o agente da polícia Eduardo Antonio Puelles García, de 49 anos. Ele morreu na hora. A forte explosão provocou um incêndio e atingiu veículos próximos. Puelles García dirigia desde 2002 uma brigada policial no País Basco especializada no monitoramento e prisão de ativistas do ETA. De Bruxelas, onde participou de uma reunião da União Europeia, o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero qualificou o ataque como covarde. "Sabíamos que poderia voltar a ocorrer, ainda que a organização terrorista esteja mais frágil do que nunca", afirmou. "Saibam todos que sobre os autores dessa nova atrocidade caíra todo o peso da lei, para lhes assegurar o cumprimento da mais longa e dura pena possível." Caso seja confirmada a autoria do ETA no ataque, seria o primeiro atentado do grupo separatista basco desde que o Partido Socialista, de Patxi López, assumiu o poder no País Basco depois de 30 anos de governos nacionalistas. O último atentado do ETA que deixou vítimas fatais ocorreu no dia 3 de dezembro, quando um homem armado assassinou o empresário Ignacio Uría Mendizábal, em Azpeitia, Guipúzcoa. O ETA, considerado uma organização terrorista por Estados Unidos e União Europeia, assassinou mais de 825 pessoas desde o fim dos anos 1960. O grupo defende um País Basco independente da Espanha.

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