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Radicais islâmicos instalam o caos na saúde da Somália

postado em 22/06/2009 10:23
Líderes do grupo radical islâmico Al-Shabaab, acusado de ter ligações com a Al-Qaeda, prometeram ontem atacar qualquer tropa estrangeira que responda ao apelo por ajuda militar lançado há dois dias pelo governo somali. Os contínuos ataques à capital, Mogadíscio, provocaram o caos no sistema de saúde de um país que é considerado falido desde 1991 e onde a expectativa de vida não passa dos 47 anos, 13 a menos do que no Iraque. A violência fez com que a maioria dos médicos abandonasse o país. "A falta de segurança levou à fuga de mais de 70% dos profissionais", disse o cirurgião somali Mohamed Yusuf, que trabalha para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no principal hospital da Somália, o Medina, em Mogadíscio, onde os 80 leitos são disputados diariamente por mais de 200 pacientes. O sistema de saúde da Somália é virtualmente inexistente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não consegue sequer reunir dados confiáveis sobre o gasto anual do governo local com saúde pública. O país tem menos de dois dentistas para 10 mil habitantes. No Iraque, a proporção é de 14 para 10 mil e no Afeganistão é de cinco para o mesmo grupo. Apenas 28% dos somalis têm acesso a cuidados médicos.

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