Silvio Queiroz
postado em 26/06/2009 07:51
Shirin EbadiGanhadora do Nobel da Paz em 2003, essa advogada de 62 anos dedicou boa parte da carreira e do ativismo à defesa dos direitos humanos, particularmente das mulheres. Constantemente fustigada pelas milícias e grupos paramilitares ligados à facção conservadora do regime islâmico, usou sua projeção internacional para denunciar no Parlamento Europeu a violenta repressão às manifestações iniciadas após a divulgação do resultado oficial das eleições presidenciais, dando vitória a Mahmud Ahmadinejad.
[SAIBAMAIS]Jamileh Kadivar
Jornalista e professora universitária, foi cotada para tornar-se a primeira iraniana a encabeçar um ministério em caso de vitória do candidato reformista à Presidência, Mir Hossein Moussavi. Aos 45 anos, ela é uma das figuras mais destacadas do movimento feminista no Irã. Na eleição legislativa de 2000, foi eleita deputada com uma das maiores votações em Teerã. Em 2004, foi impedida de se candidatar novamente. É casada com outro expoente da facção reformista, o ex-ministro da Cultura Ataollah Mohajerani.
Masoumeh Ebtekar
Revolucionária de primeira hora, hoje com 49 anos, foi em 1979 uma das porta-vozes dos estudantes que ocuparam a embaixada norte-americana em Teerã, episódio que precipitou a crise entre o regime islâmico e Washington e o rompimento das relações diplomáticas, em 1980. Na presidência do reformista Mohammad Khatami (1997-2005), foi uma das vice-presidentes, posição inédita para uma mulher na história do país. Foi uma das fundadoras da Frente de Participação do Irã Islâmico, principal partido reformista, e atualmente é vereadora em Teerã.
Maryam Rajavi
Engenheira formada em Teerã nos anos 1970, essa veterana militante da esquerda islâmica envolveu-se em longa militância clandestina contra a monarquia e teve papel de destaque na revolução que depôs o xá Reza Pahlevi, em 1979. Já integrava na época o grupo Mujahedin e Khalq (;combatentes do povo;), que logo entrou em choque com o novo regime islâmico e passou a combatê-lo com ações armadas. Ela e o marido, Massud Rajavi, dirigente máximo da organização, refugiaram-se em Paris, de onde coordenam a oposição ao regime no exílio. Maryam, hoje com 56 anos, preside o Conselho Nacional de Resistência, braço político dos mujahedin.