BUENOS AIRES - Cerca de 28 milhões de eleitores argentinos estão votando neste domingo para renovar parcialmente as cadeiras do Congresso Nacional - a metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado, num pleito considerado uma espécie de termômetro para as eleições presidenciais.[SAIBAMAIS]
Nas filas nos centros de votação, em meio ao frio, muitos eleitores e mesários usam máscara para se proteger contra a gripe suína, atendendo à recomendação da ministra Graciela Ocaña. Ela havia pedido que os participantes das legislativas deste domingo evitassem ao máximo locais fechados e aglomerações e se protegessem.
A epidemia de influenza A (N1H1), também conhecida por gripe suína, matou quatro pessoas na Argentina neste mês de junho, elevando o número de óbitos no país a 21, segundo o ministério da Saúde.
No total, a Argentina já tem 1.391 casos confirmados da gripe suína, além de 967 casos suspeitos, ainda em análise.
Das 21 vítimas fatais, 16 residiam na periferia de Buenos Aires, quatro na capital e uma na província de Misiones, no nordeste do país.
"A zona mais comprometida é a região metropolitana" de Buenos Aires, onde vivem mais de 12,5 milhões de habitantes, informou a ministra da Saúde, Graciela Ocaña.
Do total de casos confirmados, 1.191 estão em Buenos Aires e na periferia da capital.
Os resultados das eleições de hoje vão indicar tendências e candidatos favoritos. A eleição presidencial na Argentina está prevista para 2011.
Por ser realizada na metade da gestão presidencial, a votação deste domingo é considerada um teste ou uma espécie de plebiscito sobre o governo.
A maior batalha eleitoral acontece na província de Buenos Aires, que concentra quase 40% do total dos eleitores.
Um dos primeiros candidatos a votar foi o ex-governador da província de Santa Fé (centro) e candidato a senador Carlos Reuteman, que lidera a chapa do peronismo dissidente na província e cuja vitória poderia lançá-lo para disputar a presidência em 2011.
Os resultados oficiais começarão a ser divulgados três horas depois do encerramento das eleições (21h locais, 24h GMT).