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Cobos, Reutemann e Macri entram na corrida de presidenciáveis argentinos

Agência France-Presse
postado em 29/06/2009 17:15
O ex-piloto de Fórmula Um Carlos Reutemann, o prefeito de Buenos Aires Mauricio Macri, e o vice-presidente Julio Cobos entraram na corrida como presidenciáveis para as eleições de 2011, depois do resultados das legislativas de domingo. No entanto, apesar de ter derrotado Néstor Kirchner, à frente de uma aliança de neoliberais com peronistas dissidentes, o empresário Francisco De Narváez, de 55 anos, não pode sonhar com a faixa presidencial porque nasceu na Colômbia. A Constituição proíbe a postulação de estrangeiros para o cargo. [SAIBAMAIS]O senador Reutemann, do peronismo dissidente, se impôs na província de Santa Fé (quarto distrito no centro-leste do país) a uma aliança de socialistas e liberais, o que colocou seu nome entre os possíveis candidatos a suceder a presidente Cristina Kirchner. O ex-piloto de 67 anos rompeu com o governo em fevereiro por não concordar com a política agrária oficial, em meio a uma dura batalha dos agricultores com Cristina Kirchner, devido a um projeto de aumento dos impostos sobre as exportações de soja, o que desgastou a presidente e provocou uma fuga de aliados. Reutemann lançou-se à política em 1991 pelas mãos do ex-presidente peronista neoliberal Carlos Menem e governou por duas vezes em Santa Fé, além de cumprir dois mandatos de senador nacional, o último deles renovado nestas eleições. Macri, empresário de direita de 50 anos que governa a cidade de Buenos Aires desde 2007, e cuja candidata nas legislativas, Gabriela Michetti, ganhou nesse distrito, também renovou as esperanças para as presidenciais. O distrito é o segundo del país e Michetti conseguiu uma importante margem de votos, segundo a contagem oficial. Macri se viu também beneficiado pela extraordinaria eleição de seu sócio político, o magnata Francisco De Narváez, na província de Buenos Aires, a que possui quase 40% do total de eleitores. A figura do vice-presidente Cobos, da opositora União Cívica Radical (UCR, social-democrata), e ex-aliado dos Kirchner, renovou forças com a vitória de seus candidatos na província de Mendoza (oeste), de onde veio, com quase 50% dos votos. Cobos, um engenheiro civil de 54 anos, havia deixado a UCR para aliar-se a Kirchner nas eleições de 2007. Mas se afastou em 2008, depois de fazer fracassar no Congresso, com seu voto estratégico, o projeto de lei sobre o aumento impulsionado pelo Governo da cobrança de impostos sobre as milionárias exportações de alimentos no país, em meio à revolta dos agricultores, o que o transformou em político popular.

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