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Forças norte-americanas deixam hoje cidades no Iraque

postado em 30/06/2009 10:15
As forças de combate norte-americanas se retiram nesta terça-feira (30/6) das ruas das cidades do Iraque, passando inteiramente o controle da segurança dessas áreas para o governo iraquiano, que enfrenta, há alguns dias, um aumento da violência. Buscando demonstrar independência em relação aos Estados Unidos, o premiê iraquiano Nuri al-Maliki designou o dia 30 como o da "soberania nacional" e decretou feriado. Como medida de segurança, o governo proibiu que motos circulem pelas ruas de Bagdá, capital do Iraque, após militantes utilizarem esses veículos em atentados recentes. Os habitantes também foram instruídos a evitar aglomerações. Autoridades norte-americanas e iraquianas afirmam que a atual onda de violência - que deixou mais de 250 mortos na última semana - busca sabotar o progresso obtido pelo governo do Iraque no último ano e acusam a rede terrorista Al-Qaeda de estar por trás dos atentados. Hoje, os insurgentes contam com bem menos apoio do que durante o início da ocupação americana, em 2003, por causa do enorme número de iraquianos mortos em ataques de grupo rebeldes. A remoção das forças americanas das cidades iraquianas faz parte de um plano mais amplo que culminará na total retirada das tropas dos EUA do Iraque até 2011. A saída das forças norte-americanas das cidades não implicará, por enquanto, em uma retirada das tropas de outras zonas. Não haverá restrições para operações das forças dos EUA, apesar de, agora, ser necessário uma coordenação com as autoridades iraquianas. Fortalecimento Maliki, um muçulmano xiita, conseguiu se fortalecer no último ano e hoje conta até mesmo com o apoio de facções sunitas. A retirada parcial tem o respaldo de grande parte dos políticos iraquianos. O sucesso da retirada será medido na eleição de janeiro, quando todas as facções iraquianas disputarão cadeiras no Parlamento. Em Washington, segundo a revista "Newsweek", ficou definido que o vice-presidente Joe Biden passará a ter um papel de comando nas relações dos EUA com o Iraque.

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