Agência France-Presse
postado em 30/06/2009 13:30
Subiu para 16 o número de mortes na explosão de um vagão de trem que transportava GLP (gás liquefeito de petróleo) na Itália. A explosão ocorreu após o vagão ter descarrilado próximo à estação de Viareggio, no noroeste da Itália.
O balanço divulgado pelo corpo de bombeiros de Lucques ainda é provisório. No entanto, o boletim aponta que 36 pessoas ficaram feridas no acidente, 14 delas estão com queimaduras graves ou muito graves. Além dos mortos e feridos, os bombeiros também informaram que cinco pessoas estão desaparecidas.
As três explosões ocorreram pouco antes da meia-noite (19h de Brasília). A violência foi enorme e acabou causando o desabamento de dois edifícios próximos à estação de Viareggio. De acordo com a France Presse, os bombeiros temem que vítimas possam ter ficado soterrada nos escombros dos prédios.
A explosão atingiu um raio de 300 metros de extensão e vários imóveis vizinhos, com cerca de mil moradores no total, foram evacuados ante o temor de novas explosões, informou o prefeito de Viareggio, Luca Lunardini. Segundo ele ainda, uma criança de oito anos foi resgatada com vida.
Testemunhas contaram que a força da explosão arremessou as vítimas. "Os corpos foram como que ejetados de suas casas pela explosão e se espalhavam pela rua, e também tinha pessoas correndo com a pele em chamas, uma coisa horrível", contou o morador Roberto Galli.
Trabalhos dos bombeiros
O comandante do corpo de bombeiros, Antonio Gambardella, explicou a gravidade da situação e a importância do trabalho dos bombeiros. "Mais de 300 bombeiros procedentes de toda a Toscana, Liguria e, inclusive, de Emilia-Romaña foram mobilizados para enfrentar a situação. Uma das tarefas dos bombeiros e, principalmente, das unidades especializadas em acidentes com produtos químicos é evitar que o resto dos vagões se incendeie", contou.
A identificação dos corpos não será tarefa fácil. Para as autoridades italianas, o trabalho será particularmente difícil porque os corpos ficaram completamente carbonizados após o incêndio.
Causas
As autoridades afirmaram que ainda não tem conhecimento sobre o que pode ter causado o descarrilamento. Porém, suspeita-se que o desgaste das estruturas do vagão pode ter sido a causa do rompimento de um dos eixos e, em sequência o descarrilamento.
O vice-ministro do Transporte, Roberto Castelli, não descarta uma mudança de regulamentação já que, com a privatização do transporte de mercadoria, os vagões percorrem muito mais quilômetros do que no passado. O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, anunciou que visitará a cidade para "assumir a situação em suas mãos".