Agência France-Presse
postado em 30/06/2009 17:45
O procurador-geral de Honduras, Luis Alberto Rubí, anunciou nesta terça-feira que o presidente deposto Manuel Zelaya será detido "imediatamente" ao pisar território hondureño, onde é acusado de vários crimes, entre eles "traição à pátria" e "usurpação de poder".
Rubí falou sobre o assunto em entrevista à imprensa pouco depois de ter sido divulgada a ordem de captura emitida pela juíza Maritza Arita na noite de segunda-feira.
Segundo Rubí, as autoridades judiciárias passarão, através da Interpol, ordem de captura internacional contra Zelaya, que havia anunciado a volta a Tegucigalpa para quinta-feira, em companhia do secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e de vários presidentes, entre eles a argentina Cristina Kirchner.
A justiça hondurenha acusa Zelaya de 18 crimes, entre eles "traição à pátria" e "usurpação de poderes", além de "abuso de autoridade" e "corrupção". Zelaya, que defendeu nesta terça-feira sua causa na tribuna das Nações Unidas, foi deposto domingo pelas Forças Armadas, em cumprimento a uma ordem da justiça apoiada pelo Congresso.