postado em 30/06/2009 21:02
O total de mortos na explosão ocorrida hoje em Kirkuk, no norte do Iraque, subiu para 33. O carro-bomba lançado pelos extremistas pode ter sido uma amostra, em um dia bastante simbólico - que marca a retirada dos militares norte-americanos das principais zonas urbanas do país -, dos desafios que as forças de segurança do Iraque enfrentarão. O ataque aconteceu no final da tarde e, segundo as forças dos Estados Unidos, traz os sinais de grupos extremistas sunitas, como a Al-Qaeda no Iraque.Hoje, a população do Iraque celebrou com fogos de artifício a retirada dos militares dos EUA das principais zonas urbanas. O governo iraquiano determinou que 30 de junho será, a partir de hoje, o "Dia da Soberania Nacional". Com a retirada das forças dos Estados Unidos para bases no interior, a responsabilidade pela segurança nas principais cidades cabe agora ao governo iraquiano.
Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que "o futuro do Iraque está nas mãos do seu próprio povo". Obama alertou que mais violência poderá acontecer nos próximos dias, mas sinalizou com otimismo que o país árabe irá subsistir como uma nação estável e soberana. As forças de segurança do Iraque, incluídos polícia e Exército, contam com 650.000 homens. Os EUA têm atualmente 130.000 soldados no país.
[SAIBAMAIS]"A retirada das tropas americanas de todas as cidades foi concluída depois de tudo o que eles sacrificaram em nome da segurança", declarou Sadiq al-Rikabi, um conselheiro do primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki. "Estamos agora celebrando a restauração de nossa soberania", disse. Por sua vez Maliki afirmou: "Eu parabenizo o povo iraquiano por esta data, 30 de junho, quando as forças dos EUA retiraram-se das grandes cidades iraquianas em respeito ao acordo de retirada de tropas." O Pentágono não se pronunciou sobre o assunto.
Pacto
A saída das forças norte-americanas dos principais centros urbanos iraquianos faz parte de um pacto de segurança por meio do qual os EUA se comprometem a retirar suas tropas do país até o fim de 2011. Pouco antes do fim do prazo, na noite de ontem, mais quatro soldados norte-americanos foram mortos em um confronto em Bagdá, mas o Exército dos EUA não divulgou detalhes.
Houve um aumento acentuado da violência no país nos dias que antecederam o prazo para a retirada dos EUA dos centros urbanos. Mais de 250 pessoas morreram em uma série de ataques extremistas grande parte deles tendo como alvo a maioria xiita. Maliki atribuiu as ações ao grupo extremista Al-Qaeda no Iraque e a remanescentes do Partido Baath, de Saddam Hussein.