postado em 01/07/2009 10:51
WASHINGTON - Os chanceleres dos países representados pela Organização dos Estados Americanos (OEA) chegaram a um acordo nesta quarta-feira (1/7) por meio do qual o novo presidente hondurenho, Roberto Micheletti, terá um prazo de três dias para devolver o cargo do país ao presidente deposto por militares, Manuel Zelaya. Caso o cargo não seja restituído a ele, Honduras corre o risco de ser suspensa da entidade multilateral.
[SAIBAMAIS]Em tom desafiador, Micheletti disse em Tegucigalpa que a única forma de Zelaya retornar à presidência será por meio de uma invasão estrangeira. "Ninguém me fará renunciar", declarou Micheletti em entrevista concedida à Associated Press. O golpe militar contra Zelaya foi condenado internacionalmente. A derrubada do presidente hondurenho, a menos de um ano do fim de seu mandato, foi denunciada pela Organização das Nações Unidas (ONU), pela OEA, pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e por diversos outros líderes internacionais.
O presidente de Honduras, Juan Manuel Zelaya, foi destituído domingo do cargo por militares, em cumprimento a uma ordem da Suprema Corte do país. A ação foi uma resposta à insistência de Zelaya em realizar um plebiscito para mudar a Constituição e permitir sua candidatura à reeleição. Zelaya foi preso em casa e levado a uma base aérea, de onde embarcou para a Costa Rica. Os deputados de Honduras nomearam Roberto Micheletti, líder do Congresso, como novo presidente do país. Foi o primeiro golpe de Estado na América Central desde 1993, quando militares guatemaltecos derrubaram o presidente Jorge Serrano.