Mundo

Joe Biden vai ao Iraque para acelerar a "reconciliação nacional"

Agência France-Presse
postado em 02/07/2009 18:02
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, chegou nesta quinta-feira a Bagdá para acelerar o processo de "reconciliação nacional", dois dias após a retirada dos soldados americanos das cidades do Iraque. Biden viajou ao Iraque para visitar os soldados americanos e se encontrar com os dirigentes iraquianos, o primeiro-ministro, Nuri al-Maliki; o presidente, Jalal Talabani; e o presidente do Parlamento, Iyad al-Samarrai, anunciou a Casa Branca em comunicado publicado em Washington. O vice-presidente americano, que faz sua primeira visita ao Iraque desde que assumiu o cargo, em meados de janeiro, desembarcou em Bagdá com a missão de supervisionar o esforço de reconciliação política entre as diversas comunidades. "Biden insistirá em suas conversas com os dirigentes iraquianos na importância de seguir adiante com o processo político necessário para garantir a estabilidade do Iraque no longo prazo", ressaltou a Casa Branca. "Acho que Biden está trazendo sugestões sobre o processo de reconciliação nacional. Vamos estudá-las, e aceitá-las se forem sérias e realistas", afirmou o chefe da comissão parlamentar para a reconciliação nacional, Wathab Chaker. "Em todo caso, as sugestões que ele fará não serão obrigatórias. A reconciliação é da responsabilidade de todos os iraquianos, que devem dialogar entre eles, perdoar uns aos outros e deixar de lado a cultura da violência", acrescentou. Obama pediu ao vice-presidente que ajudasse os iraquianos a superarem suas divergências políticas e a concluirem uma reconciliação que "ainda não aconteceu completamente", destacara o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, pouco antes da retirada americana das cidades, em 30 de junho. Biden poderá contar com a ajuda do embaixador dos Estados Unidos em Bagdá, Christopher Hill, e do comandante das forças americanas, o general Raymond Odierno. Em maio de 2006, Biden, então senador, apresentou um projeto para acabar com a violência entre comunidades religiosas no Iraque, baseado na criação de regiões autônomas. A Casa Branca também destacou que Biden reafirmará em suas conversas com os dirigentes iraquianos o compromisso americano de respeitar o acordo de segurança assinado no fim de 2008, que prevê uma retirada total até o fim de 2011.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação