postado em 04/07/2009 09:16
O funeral público de Michael Jackson terá a dimensão de um espetáculo pop. O estádio Staples Center, no centro de Los Angeles, será equipado para receber 11 mil fãs do artista na manhã de terça-feira, a partir das 10h (14h no horário de Brasília). A família Jackson confirmou ontem à tarde, em coletiva de imprensa, que quer organizar um "evento extraordinário" em homenagem ao ídolo. Para isso, preparou uma estratégia típica de megashows musicais: a cerimônia terá transmissão simultânea via internet, em canais de tevê e no Nokia Theatre (anexado ao Staples Center), que reunirá 6,5 mil espectadores durante a cerimônia.
No total, serão 17,5 mil convites, distribuídos para 8.750 pessoas selecionadas por sorteio no site Staplescenter.com. A organização pretende divulgar o resultado da "loteria" no domingo. O cadastro, restrito a habitantes dos Estados Unidos, deve ser feito até as 18h de hoje (horário de Los Angeles). Na véspera do funeral, cada sorteado buscará (em endereço confidencial) dois ingressos e pulseiras para acesso ao local da cerimônia. Está prevista uma cota de entradas destinada à família e aos amigos do artista. Na coletiva, o governo de Los Angeles anunciou um plano de segurança para evitar tumultos, e pediu para que os fãs sem convite assistam ao evento pela tevê.
A decisão da família encerra as especulações de que a despedida ocorreria no rancho Neverland, em Santa Bárbara. Milhares de fãs viajaram para a região, no sul da Califórnia, à espera do funeral. Em entrevista ao programa de Larry King, na CNN, o irmão Jermaine revelou que os Jackson tiveram dificuldades para escolher um local espaçoso o suficiente para agregar o público. "Queremos que o mundo participe do evento, mas ao mesmo tempo estamos em luto", afirmou. Ainda segundo Jermaine, será realizado um velório privado, para a família e convidados, antes do funeral público.
No Staples Center, sede do time de basquete Los Angeles Lakers, Michael fazia os últimos ensaios para uma turnê de 50 shows em Londres, na Arena O2. Os preparativos para os shows eram desenvolvidos pela mesma empresa que gerencia o estádio (a AEG Live). Desde o início da semana, jornais norte-americanos cogitavam a escolha do local. Mas o evento parecia caro demais para ser custeado pelo estado da Califórnia ou por Los Angeles, que amargam as consequências da crise econômica. Ao jornal Los Angeles Times, um representante do governo informou que será usado o dinheiro de um fundo especial da cidade de Los Angeles para financiar gastos com segurança. E já corre atrás da ajuda de doadores e empresas privadas.
O anúncio do funeral desviou as atenções da imprensa para a cobertura dos escândalos ligados à morte de Michael, que sofreu parada cardíaca no dia 25, aos 50 anos. De acordo com o site de celebridades TMZ, foi encomendado um caixão de US$ 25 mil, coberto em ouro 14 quilates, semelhante ao usado para enterrar James Brown. Enquanto isso, as investigações sobre uso indevido de medicamentos ganharam força com a descoberta de Diprivan na casa do ídolo. O anestésico pesado é usado em mesas de cirurgia. Ao TMZ, um médico afirmou que o artista era "viciado em anestesia".
A novela da guarda dos três filhos do músico também segue indefinida. Um dia depois de garantir que lutaria pela custódia de Prince Michael I, 12 anos, e Paris Michael, de 11, a enfermeira Debbie Rowe recuou. O advogado da ex-mulher de Michael foi à imprensa para afirmar que ela ainda não tomou nenhuma decisão sobre o assunto.
O número
17,5 mil
ingressos serão distribuídos para o público acompanhar o funeral do cantor