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PRI ressurge das cinzas e vence o PAN nas legislativas do México

postado em 06/07/2009 15:35
O opositor Partido Revolucionário Institucional (PRI) ressurgiu das cinzas nas eleições legislativas do México no domingo com uma ampla vitória ante o Partido Ação Nacional (PAN, direita, no poder), que sofreu um voto de castigo na metade do mandato do presidente Felipe Calderón.

Com 36,62% dos votos, o ex-hegemônico PRI soma 233 das 500 cadeiras que formam a Câmara de Deputados e, junto com os 22 que obteria o Partido Verde (6,52%), e frente aos 27,19% do conservador PAN, conseguiria a maioria absoluta, segundo cáuculos da imprensa com 98,47% da apuração.

Essa vantagem coloca o PRI de novo na corrida pela presidência em 2012, depois de ter governado o país por 71 anos e perdido o poder em 2000.

"Reconhecemos e felicitamos essa primeira minoria (maioria relativa) do PRI na nova Câmara de Deputados", afirmou na noite de domingo Germán Martínez, presidente do PAN ao reconhecer a derrota de seu partido. De seu lado, a presidente do PRI, Beatriz Paredes, afirmou que seu partido se situa agora "como a primeira força política na Câmara de Deputados".

Os priistas voltarão a controlar as Câmara de Deputados, que perderam em 2006 quando apenas conseguiram ocupar 104 das 500 cadeiras, enquanto que o PAN obteve 206 vagas na mesma eleição, na qual o presidente Calderón chegou ao poder.

O governo mexicano submeteu no domingo ao julgamento do eleitorado sua política de combate ao narcotráfico, marcada pela mobilização de milhares de militares, que se converteu em seu principal argumento para retomar terreno antes das eleições legislativos.

Depois de confirmada a derrota eleitoral, o presidente Felipe Calderón pediu para preservar o papel do Estado no combate contra a deliquência organizada, o eixo central de sua administração.

As eleições transcorreram sem incidentes e a participação foi de apenas 43,7% dos eleitores, dos quais 5,97% corresponderam a cidadãos que decidiram anular seu voto, depois de uma forte campanha de organizações para negar o voto aos partidos como uma forma de castigo pelo descrédito dos políticos ante a população.

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