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ONU e vários países pedem à China moderação em Xinjiang

postado em 06/07/2009 17:54
As Nações Unidas e vários países, entre eles os Estados Unidos, lançaram nesta segunda-feira (6/7) um apelo à moderação e ao respeito aos direitos democráticos após os tumultos que deixaram, segundo as autoridades chinesas, 156 mortos na província de maioria muçulmana de Xinjiang, no noroeste da China.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as divergências "têm de ser resolvidas pacificamente, através do diálogo". "Todas as divergências, sejam dentro de um país ou no âmbito internacional, têm de ser resolvidas pacificamente, através do diálogo", declarou o secretário-geral da ONU, em Genebra.

"Os governos envolvidos têm de atuar com extrema prudência, tomar as providências necessárias para proteger a vida e a segurança da população, assim como as liberdades de expressão, reunião, e informação. Estes são os princípios básicos da democracia", prosseguiu.

Em Washington, um porta-voz do departamento de Estado, Ian Kelly, lançou a "todas as partes" um apelo "à calma e à moderação", lamentando "profundamente" as "perdas humanas". O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que recebia em Roma seu colega chinês Hu Jintao, insistiu na importância do respeito aos direitos humanos. O presidente da China iniciou uma visita oficial à Itália, onde deve participar esta semana da cúpula do G8.

A Grã-Bretanha também pediu "moderação" às autoridades chinesas e aos responsáveis pelos tumultos. O presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert P;ttering, conclamou o governo chinês a atuar "no respeito à dignidade humana, aos direitos humanos fundamentais, e à liberdade de expressão". Ele pediu a Pequim que deixe a imprensa trabalhar livremente e também lançou aos protagonistas um apelo à calma e à moderação.

Em Haia, cerca de 60 manifestantes foram presos por atirar pedras contra a embaixada da China, anunciou a polícia holandesa. Em Munique, na Alemanha, um dos líderes da maior organização de uigures no exílio acusou a polícia chinesa de ter atirado contra os manifestantes. "Atiraram a esmo contra homens e mulheres", denunciou à AFP Asgar Can, vice-presidente do Congresso Mundial dos Uigures, com sede em Munique.

"A mentalidade hegemônica do governo chinês e suas políticas bárbaras são as culpadas pela injustiça que impera em Xinjiang e que levou às manifestações uigures", afirmou, por sua vez, o dissidente chinês Wu;er Kaixi, que vive no exílio em Taiwan.

Os tumultos étnicos de domingo em Urumqi deixaram pelo menos 156 mortos e mais de 800 feridos, segundo as autoridades locais. Mais de oito milhões de uigures vivem na província de Xinjiang.

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