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Em Paris, Lula e Sarkozy discordam sobre crise no Irã

postado em 08/07/2009 11:06
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, não conseguiram esconder nesta terça-feira (7/7), em Paris, suas posições antagônicas diante da crise política no Irã. Lula reiterou que não há prova de manipulação na reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad. Bem mais crítico, o francês lembrou que multidões foram às ruas em protesto contra as irregularidades no pleito. As divergências no tema são evidentes desde o início da crise iraniana, em junho. A União Europeia subiu o tom com Teerã após as suspeitas de manipulação da votação e a prisão de funcionários britânicos. O Brasil aceitou o resultado. Há três semanas, Lula chegou a classificar os confrontos de %u201Cchoro de perdedor%u201D, comparando a disputa, que já deixou 20 mortos, a um jogo de futebol entre Flamengo e Vasco. Lula minimizou as diferenças. "Não acredito que haja discordância entre o pensamento soberano do Brasil e o pensamento soberano da França", disse. Sarkozy afirmou: "Os primeiros a contestarem o resultado são os próprios iranianos. Não é uma intervenção da França ou do Brasil. Se Ahmadinejad está tranquilo, nos perguntamos por que faz tanta pressão sobre os manifestantes".

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