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Violações na Somália podem ser consideradas crimes de guerra

GENEBRA - A Alta Comissária das Nações Unidas para os Diritos Humanos, Navi Pally, denunciou nesta sexta-feira as graves violações dos direitos cometidas na Somália e que para ela podem ser consideradas crimes de guerra.

"É claro que se cometem na Somália graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional, que podem ser consideradas crimes de guerra, enquanto os combates continuam arrasando a capital Mogadíscio e a situação no centro da Somália é muito precária", declarou Pillay.

Com base em testemunhas ouvidas por funcionários da ONU, Pillay acusou as milícias islamitas Al-Shabaab, que combatem as tropas governamentais, de cometer execuções extrajudiciais, enterrar minas, bombas e outros artefatos explosivos em zonas civis, além de ter feito civis de escudos humanos.

As informações também citam torturas e disparos de obuses de morteiro de maneira indiscriminada contra zonas povoadas e frequentadas por civis cometidos pelas duas partes no conflito.

Um total de 204 mil habitantes de Mogadíscio fugiram dos combates nos últimos dois meses entre as forças oficiais da Somália e os rebeldes islamitas, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).